Ser compreendido de forma fácil e fluida, desenvolver uma comunicação sem mal-entendidos é o melhor dos cenários no mundo dos negócios e na vida, não é verdade?
Ideal seria se tudo o que disséssemos fosse compreendido por quem recebe nossa mensagem. Entretanto, cada indivíduo apreende a informação de acordo com a sua origem e o mundo não qual está inserido.
É preciso, portanto, ser capaz de adaptar a mensagem ao receptor e considerar qual o melhor canal e a linguagem adequada para difundi-la.
Desta forma, ser eficaz ao se comunicar não é sobre estar sempre certo, expressar-se de maneira pomposa ou ainda sobre dizer a verdade sem filtros. É sobre ser capaz de transmitir uma mensagem de forma clara, objetiva, honesta, com respeito às crenças e ao contexto de outra pessoa.
Sendo assim pouco produtivo apenas fale em demasiado e não dedique um momento para ouvir o interlocutor, alinhar expectativas e conhecê-lo melhor.
Se atendermos um cliente que prefere, por exemplo, uma reunião presencial por e-mail, é necessário ajustar a abordagem. Já se o nosso colaborador percebeu melhor a estratégia de vendas quando apresentado em forma de imagens, por que não ajusta o código utilizado para divulgar a informação? Quando temos dúvidas se nos compreendemos de fato, que tal pedir feedback sobre o que terminamos de explicar?
As falhas típicas da comunicação consistem justamente nestas “ausências”: de conhecimento sobre o público, do assunto, do contexto, de esclarecer na mensagem e de feedback.
Entre os benefícios de uma comunicação eficiente estão mais produtividade na empresa, uma vez que os processos são otimizados e há diminuição do retrabalho; O melhor clima organizacional e de engajamento da equipe, pois o aumento do retorno e da confiança das pessoas se torna mais aberto para se expressar e propor ideias.
Além disso, constroem-se relacionamentos mais saudáveis e o diálogo é fortalecido, o que é uma base de bons negócios e parcerias de confiança. Diálogos pacíficos e respeitosos rigorosos para resultados exponenciais.
Viver é se comunicar. Mesmo que nos sintamos sozinhos em uma ilha, como o filme “Náufrago” com o ator Tom Hanks, estamos sempre a interagir. E essa primeira comunicação é o diálogo interno, as palavras que nos dizemos todos os dias, a qualquer momento, sem mesmo ninguém nos ouvir.
A qualidade do diálogo interno é tão fundamental quanto aquela que estabelecemos nos relacionamentos com a família e no trabalho.
Tudo começa por nós, pelo autoconhecimento e por como nos tratamos.
Pensando nisso, vale refletir:
- Como está sua comunicação consigo mesmo?
- Suas palavras te elevam, motivam ou apontam erros?
- Quando ocorre uma situação menos fácil, seu primeiro pensamento é de apoio a si mesmo ou de crítica?
Observar o quanto carregamos de julgamentos e certa violência em nossa comunicação (conosco e com os outros), é essencial para definirmos projeções e sermos mais presentes com a realidade e não com a ideia do que presumimos ser o fato.
Algumas substituições na linguagem podem ajudar a atingir esse estado desejado de mais equilíbrio interior.
São sugestões propostas pelo Programação Neurolinguística (PNL), técnica que estuda a relação dos padrões linguísticos com as mudanças de comportamento.
- Troque o NÃO por falas mais positivas, focando no comportamento/ação desejada. Ex: Não esqueça essa orientação quando marcar reuniões. Torna-se muito mais eficaz dizer: Lembre-se dessa orientação ao marcar reuniões.
- Troque o TENHO QUE por EU ESCOLHO, associando um resultado positivo à ação que precisa ser rompida.
Ex: Eu tenho que fazer um curso de inglês.
É mais produtivo dizer: Eu escolho fazer um curso de inglês, o que vai me contribuir bastante para novas oportunidades de trabalho.
- Troque o SE por QUANDO, associando a ideia de que a ação será sim iniciada.
Ex: Se eu começar a fazer exercício físico, ficarei mais ativo e forte.
Observe a diferença de engajamento: Quando eu começar a fazer exercício físico, ficarei mais ativo e forte.
Que tal aplicar essas três sugestões e observar os efeitos na sua rotina?
A qualidade da nossa vida está associada à escolha da nossa linguagem. Selecionar bem as palavras, assumir a responsabilidade sobre o que sentimos, saber pedir de forma sincera o que queremos do outro são atitudes que são projetadas para mais relações mais assertivas.
Portanto, se quiser se comunicar de forma mais eficiente, observe-se, alinhe-se e implemente mudanças que vão te tornar mais objetivo, empático, respeitoso, ouvinte e apto a receber feedback.